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Que sorte a nossa – Matheus e Kauan – Texto de Valéria Ramos

“E aí, o quê que a gente vai fazer?”

 

Hoje reli e revivi uma lembrança de 4 anos atrás, atualíssima! A vida continua seguindo seu curso, a vida continua…

Vamos ao texto!

“Sabe o que é legal? Você ter alguém que te ama, que faz de tudo por você, pra te ver bem e sorrindo.. Ter alguém que te segura, quando você acha que tudo desabou, que tudo acabou, que tudo deu errado outra vez e no entanto, ter vontade de estar junto e perceber que você deita e levanta todos os dias ao lado dessa pessoa que acredita em você, nos seus sonhos, na vida.

Ter alguém que te olhe mesmo quando estão brigando ou brigados e diga: “eu estou com você! Você é surtada pra caralho mas eu te amo mesmo assim.”

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Recife – Reginaldo Rossi

Fugindo do lugar comum em se tratando de Recife e principalmente Reginaldo Rossi, compartilho com vocês essa canção que podemos chamar de “Lado B” de Reginaldo e nem por isso menos linda, diria até que muito pelo contrário: eis uma canção de beleza incomensurável!

Dedico essa canção aos meus parentes e amigos de tão maravilhosa cidade.

Se você for até Recife, não esqueça da esteira e do chapéu. Pois as praias e o sol de Recife… Mais parecem coisas lá do céu!.Quando você for até Recife, não esqueça dos livros de cordel e o artesanato do meu Recife, mais parece, coisa lá do céu! Em toda cidade quanto liberdade… Contem moça e a velha Olinda. Que coisa mais linda. Como tem moça, como tem moça. Existem muito mais coisas bonitas em Recife, Além das praias e do sol. Existe toda uma cultura que ferva com o frevo e que se cala e estremece sob o som de maracatu de barbiado. Existe todo um folclore esperando esperando a ser explorado. Existe um povo maravilhoso que recebe os visitantes de braços e abertos e o coração cheio de amor!

Qualquer dia desses, pretendo visitar essa cidade que na minha cabeça até os dias atuais são apenas montagens e pensamentos, pois nunca tive o prazer de visitar, mas conheço bastante das  tradições e da beleza dessa terra, por causa de meu pai, hoje cidadão carioca, porém nascido e moldado em Recife. Um eterno saudoso de sua terra natal. Os olhos deles foram e são meus olhos a respeito desse lugar. As experiências dele, são as minhas… enfim… tá passando da hora de sair do imaginário e fazer uma visita real, passar um tempo, umas férias, curtir meus parentes – que volta e meia, dão um pulinho aqui no RJ – e são sempre pessoas que esbanjam carisma, amor e respeito ao próximo. Chego a me emocionar ao “lembrar” desse lugar que nunca fui. Mas um dia eu chego aí. Avisa lá que eu vou chegar mais tarde, mas avisa lá que eu vou!

Um grande abraço a todos!

Sol de Primavera (Beto Guedes) – Happy Birthday, Cousin! (Érica)

Eu pensei, pensei, pensei e pensei… e pensei de novo e estava cada vez mais difícil achar uma forma de prestar homenagem a uma pessoa muito especial em minha vida, desde minha infância, vivemos uma infância e uma adolescência muito intensa, mas o mais importante foi o papel crucial, fundamental, na minha vida adulta.

Responsável direta, pela vida que tenho hoje. Não fosse por ela, muito provavelmente nada disso existiria. Melhor dizendo: Esse Igor (22) aqui, não existiria. Seria qualquer outra coisa, menos o que sou hoje.

Primordialmente quero agradecer publicamente por ter me dado a chance de uma nova vida, um recomeço, uma nova visão de mundo, universo. Abriu-me literalmente as portas de sua casa, convidou-me a entrar e ficar por lá o tempo que fosse conveniente, pois sabendo da minha condição – à época, somente sob essas condições eu poderia tentar conquistar a vida que eu queria, quero e ainda busco pra mim. Mas ela sem sombra de dúvidas foi meu empurrão (pra cima), a pessoa que literalmente me estendeu a mão e me recebeu de braços abertos. Aqueles dias foram indubitavelmente um dos melhores momentos da minha vida. Foi o melhor lugar e a melhor casa que eu já morei na minha vida toda. Aqueles tempos, era como se vivêssemos em um seriado americano, na verdade uma Sitcom pra ser mais exato. Tempos loucos, de muita amizade, cumplicidade, sinceridade e amor, muito amor! A menor das situações eram motivos para festividades e confraternização. Era festa quase todo dia. Realmente era um sonho. Como todo sonho um dia acabou. Mas ficou a lembrança gostosa e a saudade daqueles velhos tempos. Por essas e por outras, é que eu quero antes de qualquer coisa, deixar registrado aqui o meu sincero MUITO OBRIGADO! Muito obrigado mesmo, por ter me proporcionado experiências incríveis, que eu jamais sonhei viver. Foi nesse interim que conheci minha esposa e companheira de todas as horas e por ela o melhor presente que eu poderia ter no mundo: o Eric. Não fosse você, não fosse inclusive nossas brigas (é… nem tudo é só alegria), eu não teria nada disso, nem a Val, nem o Eric, nem o Matheus… nada. Prima linda e querida do meu coração: você foi meu ponto de virada!

Lembro como se fosse hoje:

(por telefone)

— Faaaala Magrelaaaa! Quanto tempo! tá morando onde?

— To morando aqui agora, perto de você.

— Fala sério. ué? Onde?

— Ali perto do shopping xxx…

— Sério mesmo? caramba.. como eu não sabia disso?

— tá sabendo agora.

— Que vamos fazer pra comemorar?

— Não sei. Tanto tempo longe, que nem conheço mais nada por aqui.

— Poxa, então, vamos lá no lugar xxx ver aquele meu amigo tocar? (certo de que ela não iria querer)

— Vamos sim!

[surpresa geral da nação]

— Te pego onde então?

[daí, corta para o bar…]

Chegando no bar, conversa vai, conversa vem, amigo essa é Erica, Erica esse é amigo, blá blá blá.. e depois de umas e outras, sabe como é bêbado né? Começa a contar as derrotas.. ela contou umas dela, eu contei as minhas e aí acontece uma coisa que sempre admirei nela: o raciocínio rápido! A praticidade com que ela resolve as coisas. Pronto, foi a deixa! Ela com a frieza calculista que lhe é peculiar, mandou de “bate-pronto”:

— Se o problema é esse, faz isso, isso e isso e pronto.

— Tá de zoa? Sério que você faria isso por mim? tem certeza?

— Absoluta!

— Caralho! Me mudo quando então.

— Hoje, amanhã.. você que sabe. Leva o que você quiser e a casa é sua… melhor dizendo: a casa é nossa!

E foi assim que minha vida mudou… naquele instante, naquela conversa de bar… acho que depois do movimento nazista, nunca existiu uma conversa de bar tão proveitosa e que – ao contrário do nazismo – renderia tantas felicidades e tantos bons frutos.

Recuperei minha vida, minha autoestima, revi amigos, vivi como nunca havia vivido antes, encontrei o verdadeiro amor e desde então nunca mais fui o mesmo! Obrigado mesmo Magrela!

Erica igorPassado o turbilhão, vendo as coisas sob perspectiva, notamos que tudo aconteceu exatamente como tinha que ser. Sei que no final, acabou que nós dois fomos muito duros um com o outro, muito injustos, muito inflexíveis, muito egocêntricos… mas tudo isso serviu de lição e o mais importante: ao menos pra mim, fez-me perceber o quanto te adoro e o quanto você foi e é importante pra mim. Desejo nesse dia e em todos os dias da minha vida, que você tenha uma vida repleta de alegrias, saúde, amor, sucesso, paz, tranquilidade, serenidade e que um dia os deuses, o cosmos, a CIA, a Globo, a Coca-Cola, a máfia italiana, o FBI, os ETs,  os Iluminatis, etc. permitam que eu possa lhe retribuir tudo que você fez por mim, coisa aliás que não tem preço, não há nada que pague. Mas eu fico na dívida e ao mesmo tempo torcendo para que você nunca precise (não porque eu não queira ajudar, mas sim porque torço muito para que você dê passos cada vez maiores e mais ambiciosos em sua vida) até porque eu nunca poderei retribuir 1/3 do que você fez por mim. Mas saiba que estarei aqui pra te ajudar, sempre que precisar. Te agradeço imensamente e te desejo tudo de bom!

Feliz aniversário Erica!!!

Como eu disse no começo post.. eu tava pensando, pensando… e sabia, tava aqui, na ponta da língua: 04 de setembro… seu aniversário… nada mais propício que Sol de Primavera… Afinal de contas, certamente não foi nisso que Beto Guedes pensou, mas abro licença poética e essa é a interpretação que dou nesse dia tão especial e digo que o dia que você nasceu, a data que você comemora seu aniversário é a boa nova de quando entra setembro!

Mesmo a distância, sinta-se abraçada e tenha certeza de que és muito amada por esse primo, que nos defeitos e qualidades tem muito em comum com você… por isso nos damos tão bem, por isso brigamos tanto… mas o importante é que nada é capaz de quebrar o amor mais que fraternal que sentimos um pelo outro e os laços de nossa amizade, são como ossos que ao se quebrar, depois é  juntado uma parte a outra e após o processo de cura, calcifica e nunca mais quebra naquele lugar (na verdade essa metáfora com ossos quebrados, é um resumo de nossa amizade!).

Espero que aprecie a música, ela diz tudo que eu gostaria de lhe dizer e muito mais!

Sol de Primavera

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
(Beto Guedes e Ronaldo Bastos)

Plantas, Perfumes, Empreendorismo, Derrota e Fracasso (text by 22) – (e música “Fracasso” de Tom Alves)

Em certa discussão na rede social, recebi o seguinte comentário:

“quem faz vê que tá feito, quem planta colhe… é bem assim.”
Nádia Dias

Querida e estimada Nádia, sim e não. Quem faz, realmente vê que tá feito – mesmo que tenha feito uma merda. Porém, quem planta, nem sempre colhe. Aprendi isso muito cedo. Não existe essa justiça que as pessoas acreditam que há no universo. Quando criança cismei que iria plantar alguma coisa que eu não sei o quê, que tipo de planta. Preparei tudo, peguei bosta de vaca na rua, adubei a terra, na minha cabeça tinha feito tudo certo…. no final: a muda, a planta não germinou, morreu… eu fiquei pensando: por que essa merda não deu certo comigo? Meu avô faz isso o tempo todo e sempre dá certo. Minha avó também. Eles gostavam muito de cultivar plantas, medicinais principalmente.

fracassoLembrei agora, mais ou menos: eu estava na intenção de cultivar uma planta que tinha um odor bom, para que eu pudesse me tornar um fabricante de perfume. Não sei que aula na escola eu tive, acho que foi aula de ciências, que não tinha nada a ver com perfume, mas tinha a ver com planta, daí então eu imaginei que juntando a planta cheirosa, com o álcool, dali eu teria um perfume, um perfume único e exclusivo, que só eu saberia a fórmula, daria de presente alguns deles a algumas pessoas que eu gostava e outra parte eu venderia… mas pra isso eu precisava da matéria-prima principal, que era… a tal planta. A planta não vingou. Ah, lembrei mais uma: eu tinha aprendido na escola, que plantar consistia em enterrar a semente num solo fértil e então, depois de um tempo a semente viraria planta, com raiz e tudo.. aí pensei: mas essa planta não tem semente. Tirei a pequena planta do chão, com cuidado pra pegar raiz e tudo e voi-lá, muito em breve estariam prontos meus perfumes… falhou.

Eu até cheguei a fazer o perfume, mesmo sabendo que aquele poderia ser o último, cheguei a usar em mim mesmo… Deu uma coceira danada… mas eu resisti e fiquei satisfeito, por ter conseguido fazer sozinho, algo que na época, pelo menos nas condições financeiras da minha família era algo caro. E eu estava produzindo em casa. A coceira era um mero detalhe e os pequenos farelos de planta que ficavam grudados em meu corpo também eram nada comparado aquele feito. Uma sensação boa. Eu fazia todo um processo manual, já que não podia usar o liquidificador da minha mãe para isso, moía a planta, a folha no caso, todinha, extraia o sumo ou suco, não sei e coava de maneira rudimentar, usando um pano de chão não usado (segurança e higiene acima de tudo)….

fracasso2Eu devia ter 7 para 8 anos de idade no máximo… me sentia o máximo andando na rua com meu perfume caseiro, e os pedacinhos de folha grudados em minha pele, como se fosse talco, talco verde >.< e acho que cheguei a me gabar disso com meus primos, não tenho certeza, digo, que eu me gabei certamente que sim, se eles lembram acho que não… Se não me engano até sugeri que eles também usassem um bocado.. mas enfim..não sei se eles lembram… talvez a minha prima lembre (Érica o nome dela – morena, magrinha mas com corpinho proporcional (bundinha na medida, peitos condizentes, casa própria, inteligente, bipolar, neurótica, legal, agradável, sincera, uma excelente companhia. – contatos, falar comigo!)  mas depois fui tentar manter minha plantação e deu tudo errado… não virei um fabricante de perfume (se bem que meu perfume era uma merda, dava uma coceira do caralho e só fedia a álcool).

Acho que nunca contei essa minha história a ninguém, de jovem empreendedor… Era uma época também que quase ninguém me entendia (não que hoje me entendam, mas era bem pior, acreditem)… eu tinha um mundo todo particular, era meu vídeo game, alguns poucos  livros que eu lia e relia, meus primos Erica e Papel e uma infinidade de amigos imaginários. Eu passava as tardes  a fio sozinho no quarto, brincando, conversando, em altas companhias… sozinho, com meus amigos imaginários… eram muitos! êh tempo legal…. mas acabou.. meus amigos imaginários se foram, meus primos cresceram e cada um tomou seu rumo, meus perfumes nunca deram certo, minhas plantações também não… e assim sou até hoje, um tipo de Rei Midas ao contrário. Como diz o pessoal das religiões afro-brasileiras: tenho um encosto. Ou como dizem os evangélicos: é um “devorador” que tem na minha vida. Por aí vai. São várias explicações simplistas… eu fico com a mais óbvia delas: eu é que sou um fracasso. Excetuando-se  a mulher que escolhi pra dividir minha vida (espero que seja o resto dela – a vida) e o(s) filho(s) que fiz – escrevi em cima do muro, no singular e ao mesmo tempo não, porque tudo é possível, Se É Que Você Me Entende, de resto, todo o resto até hoje é só fracasso.

imagem_a_cultura_do_Fracasso

Mas talvez um dia isso mude… quem sabe não muda? Eu ainda tenho a esperança de um dia dar um tiro tão certeiro, quanto dei na escolha da minha companheira e acerte em algum dos tantos projetos que tenho engavetados. Quem sabe não seja preciso somente desengavetar? Mas eu sou pessimista… é claro que vai dar tudo errado.

Enfim… dessa vez, não espero que gostem do post, mas eu resolvi desabafar… de novo.

Fracasso

Das perguntas que você não sabe responder
As pessoas que se escondem pra sobreviver
Da liberdade tão sonhada que você não soube fazer
Ao fracasso inesperado que você não foi capaz de prever

A vida é um circulo, é um jogo onde ninguém sai vencedor
A vida é o desejo de continuar ao custo que for

Das crianças que não aprendem a como devem crescer
Aos rapazes que ensinam o que sequer puderam aprender
Dos jovens adultos desempregados que desistem de viver
Aos senhores enfezados que jogam cartas para esquecer

A vida é um circulo, é um jogo onde ninguém sai vencedor
A vida é o desejo de continuar ao custo que for

Das meninas que trocam bonecas para cuidarem dos seus bebês
As senhoras que obedecem aos maridos por medo e estupidez
Do mendigo embriagado junto a todos que perdem a vez
Ao empresário lindo e rico que se matou no último mês

A vida é um circulo, é um jogo onde ninguém sai vencedor
A vida é o desejo de continuar ao custo que for
(Tom Alves)

All Together Now – Farm (e texto sobre guerra)

Não sei como andam as músicas de hoje em dia, porque admito, não sou um cara de ouvir rádio, tampouco de assistir televisão, então estou por fora do que acontece. Às vezes me envergonho disso, mas dificilmente me arrependo. Sinto-me envergonhado, porque teoricamente, tem a ver com uma parte minha, meu trabalho aqui nesse blog para ser mais específico. Talvez fosse interessante eu estar mais ligado no que acontece mundo a fora no que diz respeito a arte, porém é só eu escutar algo novo pelas vias convencionais (rádio, TV e qualquer outro meio de comunicação em massa) que eu acabo sempre lembrando qual a razão de já em tão tenra idade eu ter abandonado esse hábito (especialmente o de ouvir rádio). Na real: pra cada 1 coisa boa que encontramos por ai, topamos com outras – sendo generoso – 10 porcarias. Isso desanima qualquer um.

Pois então, estava eu aqui, pensando no conflito entre Israel e Palestina, andei vendo alguns cartazes e imagens na net, solidarizando-se com um dos lados, vi muita coisa de “Free Palestine” (ou seja: libertem a Palestina) e em contrapartida encontrei-me também saudoso e viajando pelos anos 90. Os malfadados anos 90. Época que vi e vivi de olhos bem abertos, atento a tudo. Já nos 90, rolava esse mesmo papo que abri o post: “Música de merda que fazem hoje em dia!“. A verdade é que não era nem nunca foi tão merda assim a música dos anos 90. Tínhamos verdadeiras pérolas e obras de arte, como essa canção que vos apresento aqui. Veja:

Lembre o garoto que perdeu seus antepassados
Milhões de perdas para o orgulho de um país
Sem mencionar as trincheiras da Bélgica
Quando pararam de lutar e tornaram-se um só

Um espírito mais forte que a guerra trabalhou naquela noite
Dezembro de 1914, frio, claro e ensolarado
Países fronteiriços, fora de vista,
E eles se uniram e decidiram não lutar

São versos da música que compartilho vídeo logo abaixo. Não sei ao certo se essa passagem realmente aconteceu, mas no mínimo algo parecido deve ter acontecido. Ainda mais que ele põe datas e posicionamento geográfico. Pra que essa precisão de detalhes se não for verdade? É, eu não fiz meu dever de casa e não pesquisei no google para saber, nem tenho um historiador de plantão para me auxiliar aqui (como faz falta um historiador!). Mas essa canção dos anos 90, passava um otimismo, mesmo sem entender uma palavra sequer da mesma. Acredito deve-se ao ritmo pop/eletrônico/Dance que ela tem. E aí está a questão, de dizer que a música dos anos 90 eram uma merda.

O que acontece é que a galera dos 90, ainda tava lá nostálgica e viúva do Heavy Metal. Heavy Metal que vinha perdendo lugar nas rádios e na MTV para a Dance Music. Acho que o maior expoente desse movimento foi a banda Information Society, com seus vários hits. Por outro lado crescia o movimento Hard Rock, que seguramente nos anos 90 teve seu maior expoente na banda Guns and Roses (veio a tiracolo bandas como Extreme, Bon Jovi, Skid Row – que nós da época, sem saber que um dia viria a existir o movimento EMO, chamávamos esses caras todos de viados, música de bicha e tal. A gente era Heavy Metal, mano! Iron Maiden, Black Sabbath, Led Zeppellin, Motorhead, etc., a gente era Old School! \m/ nóis era pica, cumpadi! [enquanto digito, tô falando e gostaria que você fizesse igual, que é falar ou ler com a voz do Mano Brown, do Racionais MCs] A gente era: AC/DC, The Doors, Rolling Stones, Sepultura, Ratos de Porão, The Clash, etc… e aí os caras vinham com uma música toda estranha, chamando de Rock, sem nenhuma atitude, apenas dor de corno, muita dor de corno ou uma musiquinha que nem nos dávamos ao trabalho de ouvir, pois era Dance e nós jamais nos permitiríamos ouvir aquilo… Acho que foi isso. Na verdade, aposto meus testículos servidos numa bandeja, de que essa foi a causa da repulsa. Tanto é que a maioria que antes criticava, hoje curte muito do que rolou nos anos 90… inclusive a dance music, principalmente a Information Society – especialmente ela! hehehehe quem diria?) Mas vamos falar de confrontos por território. Vamos falar de guerra.

Hoje pretendo ser curto nesse assunto. Nesse confronto entre Palestinos e Israelitas, pra mim não há lado certo. Mas de boa, mais errado ainda tá quem quer entrar onde não querem que ele entre. Traduzindo, a situação é a seguinte: Imagine que  você seja uma nação. Vamos supor que você, enquanto pessoa, seja nação X. Então você está lá numa casa, que disseram, ou melhor, disse deus que era a casa prometida, do povo escolhido, a casa santa! O fato é que se você é escolhido ou não, santo ou não, você tá morando nessa casa. Outro fato também, é que bem ou mal, você vive sua vida, paga suas contas, não mexe com o que é de outrem, usa apenas o que é seu… exceto a casa, que tem essa questão aí de Deus disse isso, deus disse aquilo… não sei. Apenas esquecendo deus por um minuto, para um exercício de reflexão. Vem um cara lá da puta que pariu e diz que você tem que sair da casa, porque o Escolhido é ele e ele que deveria morar na casa que você está hoje. E aí? Que você faria? Eu confesso que eu não sei o que eu faria. Pra ficar mais legal ainda, você tem como amigo um cara “fodão”, cheio da grana e “quebrador”, que fala pra tu: “sai daí porra nenhuma não. Pode ficar aí que eu te garanto. Se ele aparecer aí de novo, toma aqui óh: trezoitão, ponto cinquenta, granada, fuzil, estrelinha ninja e bomba de fumaça. Se ele aparecer aí, manda ele cantar pneu, que do contrário tu vai largar o aço. Já é? Firmeza mano, é ‘nóis’!” Sacou? Pois então… Esse “você” aí, nação X, é Israel e o amigo quebrador é Estados Unidos e o vizinho que quer tomar a parada é a Palestina.

Pô bicho, de boa, é tão babaca isso, tão surreal que eu gosto nem de comentar a respeito. O que acontece é o seguinte: Deus diz pra Israel que eles devem ficar e lutar pelo lugar, porque eles é que são os escolhidos. Do outro Lado os Palestinos também acreditam que Deus diz pra eles invadir e tomar a terra que é deles por direito divino. Fica essa guerra ridícula, inocentes vão morrendo, as indústrias bélicas faturando uma grana altíssima e todo um país e uma nação vai se desfazendo… simplesmente lamentável.

Qual seria o ideal? No meu fantástico mundo de Bob 22, o ideal seria eles dividirem a terra, o espaço. Viver todo mundo em harmonia e paz… porém: a Palestina jamais se submeteria a isso. Pra eles o modo de vida Israelita é abominável aos olhos de deus, são infiéis e merecem a morte. Todo o modo de vida ocidental é abominável a eles. Os israelitas também tem suas crenças, muito fortes e seguramente não aprovam o way of life do resto do mundo, porém dada a aproximação com os Estados Unidos, eles tem que no mínimo dar uma de tolerantes e tal.

Eu só sei de uma coisa: acho tudo isso muito lamentável e essa é uma prova mais que real, está acontecendo debaixo de nossos olhos, de que numa guerra não há vencedores. Até a gente que não está lá na guerra, não somos nem Israelitas, nem Palestinos, estamos perdendo. A humanidade perde. A raça humana se torna cada dia menos humana e cada vez mais irracional. Eu olho pra esse tipo de confronto, que não é de hoje que acontece e sinto uma tristeza gigantesca. A vontade que eu tenho é de acabar com essa violência de uma vez, pegando os responsáveis por ela e enchendo de porrada (eu tinha que fazer uma piada).

Enfim, como diz um dos versos da canção:

A mesma história novamente
Todas aquelas lágrimas derramadas em vão
Nada aprendido e nada ganho
Apenas restou a esperança

Só nos resta a resignação…

Um grande abraço a todos. Paz no mundo!

Tudo tem seu tempo – texto / Caçador de mim – Magrão e Beto Guedes

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.”
Eclesiastes 3:1-8

Tudo tem seu tempo… como diz a letra dessa belíssima canção de Sérgio Magrão e Sá, muitas das vezes ficamos procurando nos encontrar, sem jamais achar, mas não podemos deixar que as porradas da vida nos deixem prostrados, até porque “nada a temer, se não o correr da luta, nada a fazer se não esquecer o medo“…

As coisas duram o exato tempo que elas tem que durar. Eu chamo a essas coisas de aleatoriedade da vida, outros chamam de plano divino.

Por quantas vezes temos que lutar contra nós mesmos, rasgar a própria carne? “abrir o peito à força, uma procura, fugir as armadilhas da mata escura”. A vida é dura e bate forte. Não adianta tentar se enganar com ilusões, porque sabemos que “longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim?” Eis a questão? Que adianta sonhar, se a realidade bate a nossa porta e  nos mostra um dia cinza (isso quando está bonito)?

Eu prefiro uma verdade cortante, a uma mentira confortante. A vida é assim:

História, nossas histórias, dias de luta, dias de glória.

É verdade que é mais luta que glória.. mas seguimos em frente… não podemos parar, não podemos desistir. Pior que a dor da derrota é a vergonha de ter desistido sem lutar. Por isso eu continuo vivendo, sobrevivendo… aceitando a vida que o cosmos me proporcionou. A vida por si só um grande milagre, mas no auge da nossa depressão, difícil enxergar isso. Tem dias que fico a pensar: em meio a tantos espermatozoides, por que logo eu tinha que “germinar”? Por que não meus irmãos espermatozoides que muito provavelmente fariam uso melhor do benefício da existência, que eu? Mas não, teve que ser eu… e agora só me resta, tentar “descobrir o que me faz sentir, eu caçador de mim.”

by Igor Cartman Otávio Broflovski

Pra sempre em meu coração – Cristina Mel

Desde ontem que estou uma manteiga derretida, chorando o tempo todo sem parar, pois ao lembrar que hoje (11/06/14), meu filho mais novo completa 1 ano de vida, em meio a tantas tribulações, tantos problemas, intrigas, fofocas, maledicências e coisas mais (e más) que nem é legal de se falar e eu ao passar esse 1 ano ver meu bebê Eric Cartman, firme e forte, não tem preço, é impossível não me emocionar. Tá aí Eric, 1 ano completo de vida! Agradeço ao movimento de translação da Terra por essa data, por esse dia de hoje, aos meus esforços e aos da mãe dele, uma eterna guerreira, nós dois juntos, queimamos a língua de muita gente e meu bebê tá aí: firme, forte, saudável, bonito, inteligente, sagaz, carinhoso, alegre, risonho, de bem com a vida, de bem com tudo, cada dia que passa, me ensinando mais a viver, me ensinando a sorrir e agora, me ensinando uma coisa nunca antes experimentada: chorar de emoção! Emoção e superação. Carrego comigo hoje apenas a certeza de que ainda é só o começo, mais que o começo foi muito bem feito, muito bem conduzido e agora é só esperar, para passos maiores e mais largos cada vez mais dar. Obrigado Val, por esse presente que você me deu, que nós demos um ao outro, que entrou em nossa vida, apenas pra somar, multiplicar e fazer-nos cada dia um pouco melhores. Eu não consigo imaginar minha vida sem meus filhos, eu não consigo imaginar a minha vida sem meu Eric, sem sombra de dúvidas e sem medo algum de parecer exagerado ou soberbo: O MELHOR FILHO DO MUNDO! Hoje é seu dia meu filho: parabéns!

(é muito difícil conter a emoção… depois eu volto.)

Um grande abraço a todos!

Eu queria o tempo parar
De novo lhe fazer ninar
Crescer e mudar, não dá pra evitar
É o caminho que Deus lhe traçou

Brinquedos, gibis, violão
Espalhados por todo lugar
Um dia a poeira eu irei tirar
No silêncio de não te encontrar

Vou guardá-lo em meu coração
As lembranças jamais mudarão
Pois quando partir e saudades sentir
Estará sempre em meu coração

Os dentinhos você vai trocar
E roupas maiores usar
O seu caminhar vai para longe o levar
Pois não posso impedir seu querer

Os dedinhos que agarram minha mão
Coisas grandes eu sei que farão
Você não é meu, é um presente de Deus
E o futuro está em suas mãos

Jorge Maravilha e anos 70

Uma das canções mais hilárias e ácidas de Chico,  driblando a ditadura, assinando a autoria da música como Julinho da Adelaide, com o magnífico verso eternizado na mente de muitas pessoas (na minha mente por exemplo) em diversas situações, em que a gente pensa e automaticamente lembra da música:

“Você não gosta de mim? Foda-se! Mas sua filha gosta!”

É mais ou menos como se intimamente lembrássemos dos versos de uma outra canção:Se você não quer, tem quem queira“. Mas, chega de conversa e vamos à canção, que diga-se de passagem: até a Banda que adoro IRA! regravou, mas cá entre nós, falar baixinho pra ninguém ouvir…. ficou uma bosta. Essa versão com o próprio Chico, essa sim, é impagável!

“Em 1975, uma reportagem sobre censura publicada no Jornal do Brasil revelaria que Julinho da Adelaide e Chico Buarque eram a mesma pessoa. Por causa dessa revelação, o serviço de censura da ditatura militar passou a exigir cópias do RG e do CPF dos compositores.

A partir daí, passou-se a suspeitar que a letra de “Jorge Maravilha” tinha sido feita para o general e então presidenteErnesto Geisel, cuja filha Amália Lucy havia declarado ser grande  da obra de Buarque.5 A suspeita é motivada especialmente pelo verso“Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.

Todavia, de acordo com o próprio Chico Buarque, o verso irônico e a música referiam-se a uma situação vivida por ele durante o regime militar no país. Em uma declaração para a Folha de S.Paulo, em 1977, o cantor deu o seguinte veredicto: “Aconteceu de eu ser detido por agentes de segurança (do Dops), e no elevador o cara pedir autógrafo para a filha dele. Claro que não era o delegado, mas aquele contínuo de delegado”.Chico confirmaria essa versão em entrevista para o Correio Braziliense, em 1999, e a revista Almanaque, em 2007“Nunca fiz música pensando na filha do Geisel, mas essas histórias colam, há invencionices que nem adianta mais negar. Durante a ditadura, de um lado ou de outro, as pessoas gostavam de atribuir aos artistas intenções que nunca lhe passaram pela cabeça.” ”
(fonte Wikipédia)

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Clique na imagem, para assistir o documentário dos anos 70

Falando em ditadura e tudo  mais, você pode relembrar boa parte dessa história, fazer uma verdadeira viagem ao passado, clicando aqui para assistir a um rico e informativo documentário exibido pela tv aberta ao final dos anos 70, publicado aqui nesse blog. Vale muito a pena ler e assistir, pois acredito que:

“Para uma pessoa entender seu presente e poder mudar/melhorar seu futuro,  ela precisa antes conhecer o passado”
(by myself rsrs)

70ditadura

Clique na imagem, para assistir o documentário dos anos 70

Por isso posto tantas coisas ditas antigas por aqui, pois acho que só compreendendo o nosso passado, poderemos fazer um futuro melhor! E eu quero fazer um futuro melhor… mesmo que não dê em nada, mas pelo menos terei a satisfação de saber que fiz a minha parte, que ao menos eu tentei.

 Um grande abraço a todos!

by Igor Cartman Otávio Broflovski

 

esse post é um oferecimento:
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Respostas – Grupo Álamo (1987)

Houve uma época em minha vida, em que fui cristão evangélico. Tem bastante tempo sim isso. Se tinha uma coisa que sempre me fez muito a cabeça, foram as músicas. Eu adorava buscar as músicas verdadeiramente feitas no que eu acreditava ser a unção do Senhor. Esses dias em casa relembrando o passado, uma lembrança até gostosa, até porque digo mesmo a vocês: ser crente, teísta, ter um Deus, acreditar nessas coisas, bicho isso é muito bom, é muito bacana. É um sentimento inigualável, você ter a “certeza” de que existe alguém ai no mundo em algum lugar olhando por você, admirando suas ações positivas e te protegendo de todo mal e quando o mal  cai sobre você é com um único objetivo: testar sua fé, provar ao mundo que Deus reverte qualquer situação e nada pode te impedir de seguir caminhando firme, forte e com a certeza de que está no caminho certo e o melhor: que essa vida não acaba aqui. Tem uma vida muito melhor depois dessa e uma vida eterna, sem tribulações, sem injustiça, repleta de paz e harmonia. Quem não gosta disso? Quem não gostaria de se sentir assim? Quem não quer um Deus (praticamente uma babá) tomando conta de nós 24 horas por dia, o tempo todo, sempre ao nosso lado, mesmo que não possamos vê-lo, nem qualquer outra coisa… Por isso lembrei disso, desse tempo, com muita, muita alegria mesmo em meu interior. Por alguns instantes viajei no passado e me senti como uma criança inocente, vivendo tipo Alice no país das maravilhas.

Dessa época que citei acima, várias bandas e artistas compuseram minha formação musical enquanto eu fazia parte da igreja e dos grupos de louvor e adoração – é, eu era um dos músicos da igreja. Além de compor minhas próprias canções, também gostava de buscar naqueles que tinham vindo antes de mim, coisas que realmente eu achava edificante, porque na minha época (anos 90) já existia muita porcaria tocando, os rádios e as tvs  estavam tomadas pelo capitalismo, então para você achar a música boa mesmo, você tinha que garimpar, buscar vinis nos sebos e livrarias obscuras nos centros das cidades. Acabava que eu sempre encontrava uma coisa ou outra. Outro dia postei aqui, o grupo Logos e uma canção que muito marcou minha fase evangélica, vocês podem conferir no link aqui: Expressão de Louvor (clique para conferir a matéria). Porém tem um outro grupo que pra mim, até hoje é sensacional (mesmo passada minha fase teísta – e eu tenho o dom de separar uma coisa da outra: uma coisa é eu não ser mais cristão, nem evangélico, nem adorador de entidade alguma, nem pertencer a nenhuma denominação religiosa – sim, sou ateu convicto – outra coisa é eu não saber apreciar a beleza das canções sejam elas de quais ordem forem. Assim como não sou umbandista, candomblecista, nem kardecista, nem “macumbeiro” como se diz no popular a fim de denegrir a imagem das pessoas que professam essas religiões e eu admiro muito a beleza das canções e até de alguns ritos, eu aprecio até hoje a boa música gospel, quando realmente a música é boa. E com o Grupo Álamo, não é diferente. Dá-me uma alegria imensa, lembrar dos ensaios, da galera reunida, uma saudade, especialmente essa canção que vos apresento a seguir, pois tínhamos um trio, que nessa canção acabou praticamente se tornando um trio vocal, fizemos um trabalho, uma apresentação, uma versão modéstia a parte realmente muito linda dessa música, com vocalizações, acordes, arranjos, tudo muito lindo e perfeito. Pena que hoje, dessa época eu só tenho  a lembrança, porque o registro da nossa releitura dessa música se foi. Porém a música continua linda e eu quero compartilhar com vocês. Então, pra quem não aguenta mais me ler, segue a canção: Respostas (simplesmente uma das músicas evangélicas mais sensacionais que eu já ouvi).

Uma coisa que eu queria saber é: por onde anda o Grupo Álamo? Que fim levou? Não consigo acreditar que perdeu espaço por causa das porcarias que surgiram depois. Porque de verdade tinham canções muito boas, letras que atendiam perfeitamente ao propósito a que se destinavam – coisa rara, principalmente hoje em dia.

Então, nem só de ateu vive esse blog, sabendo disso, dedico essa canção a todos vocês que tem sua fé em Deus, independente da religião que professem. Espero que gostem, assim como eu até hoje não posso escutar que simplesmente fico extremamente emocionado. Uma melodia incrível, uma forma de cantar bem suave, um jeito todo carinhoso de emitir as palavras que realmente nos remete a alguns momentos de paz. Perfeito.

Um grande abraço sincero e fraternal a todos os leitores desse blog!

by Igor Cartman Otávio Broflovski

esse post é um oferecimento:
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Menina Linda (I should have known better – The Beatles) – The Original

Menina linda, sucesso na voz de Renato e seus Blue Caps, numa época de terra de cegos, onde quem tinha olho era rei e Renato e seus blue Caps souberam aproveitar muito bem, pegando músicas dos Beatles e fazendo a já famosa transcrição porca para o português, onde a letra em português e o título da música não têm absolutamente nada a ver com a versão original… mas essa versão, menina linda, se confunde com a versão original, no sentido de que quando ouvimos os Beatles, lembramos do Renato, e quando ouvimos Renato, Lembramos dos Beatles. Eu pelo menos tenho essa sensação.

A banda The Originals foi formada em 2005, juntando alguns integrantes dos grupos: Renato e Seus Blue Caps, The Fevers e Os Incríveis. Sem dúvida alguma uma formação sensacional e repleta de saudosismo.

Abaixo você confere criação e criatura.

Primeiro a criação, originada da criatura: Menina Linda, com The Originals.

Agora a criatura: I Should Have Known Better, dos e com os Deuses da Música: The Beatles.


By Igor Otávio

Essa linda Canção – Camisa de Vênus e Raimundos

A Antológica banda Camisa de vênus, representada pelo ícone vivo do Rock’n roll nacional Marcelo Nova (esse cara é uma lenda, esse cara tem meu respeito), lá pelos anos 90 (eu não lembro ao certo data, nem to muito a fim de pesquisar no google), lançou um disco que não sei quais foram as vendagens, como foi recebido pela “crítica especializada”, só sei que eu comprei o disco, só sei que esse é um dos discos pelos quais eu nutro maior carinho, é daqueles discos que eu ponho na galeria dos antológicos. Primeiro porque depois de tantos anos, foi um disco realmente novo, com composições novas e participações especialíssimas e duas regravações fantásticas: Ela deu o Rádio (De Genival Lacerda) e Don’t let me be misunderstud (com a participação mais que especial de Eric Burdon – você pode até conferir, abaixo. Pra mim a melhor gravação dessa música até hoje):

O disco que veio com uma título e uma capa inovadora: “Quem é você?” e na capa tinha simplesmente uma película espelhada, que ao você olhar, a tendência era aparecer seu rosto, um tanto desbotado e desfocado, em função do plástico e do material usado para confeccionar a capa não ser realmente vidro e nem tão refletivo quanto um espelho mesmo, mas a ideia, a sacada foi sensacional. Já ganha você por ali.

QUEM É VOCE - CD

Depois, a segunda coisa que mais me chamou a atenção foi o encontro de duas gerações diferentes, tocando juntos, numa mesma pegada. Raimundos e Camisa de Vênus, cantando juntos uma música inédita! Melhor ainda: na época que Raimundos era Raimundos mesmo, com o Rodolfo nos vocais e na maioria das composições e loucuras… Hoje em dia, na minha visão, Raimundos é apenas uma caricatura do que já foi um dia. É tipo Queen sem Freddy Mercury, Legião Urbana sem Renato Russo,  The Doors sem o Morrisson, ou imagine a cena moderna: Pearl Jam sem Eddie Vedder? Capital Inicial sem o Dinho Ouro Preto? Paralamas do Sucesso sem o Hebert Viana? Kid Abelha sem Paula Toller? Iron Maiden sem Bruce Dickinson? Mas, para a Nooooooosssa Alegria, nessa época aí Raimundos ainda contava com todo o poder de fogo do Rodolfo e eles gravarão juntos essa magnífica canção… bem desbocada é verdade… mas esse é o espírito rock’n roll. E quem não gostar, que reclame lá com o Oswaldo Vecchione da banda Made In Brazil! (já viram a cara de brabo que ele tem? já viram as coisas que ele fala? já acompanharam seu modo de agir?, o cara é foda, lenda viva.. uma bandeira do rock’n roll mundial! até porque o Brasil faz parte do cenário Rock… e temos grandes representantes nessa arte: um deles, sem dúvida, é Mr. Oswaldo Vecchione.)

Então, chega de papo e ouçam “Essa Linda Canção”!

By Igor Otávio

Solidões….

Lembro de um episódio que me aconteceu, assim que comecei a trabalhar com a rapaziada sinistra e espetacular do 14 Bis  e dO Terço (não é porque são meus chefinhos não, mas os caras são excepcionais mesmo, sem nenhuma modéstia ou medo de parecer tendencioso – leia-se “puxa-saco”, é sem puxa-saquismo mesmo – clica aqui nesse link e confiram por si mesmos – apesar de que, o movimento anda meio parado ultimamente pelo meu lado em relação a atualização dos blogs dos caras… problemas de ordem técnica, perdoem)… mas enfim… assim que comecei a trabalhar com os caras, me vi numa situação completamente diferente. Acostumado a viver em meu casulo, minha redoma de vidro protetora, bem ao estilo “minha casa é meu reino” (do Biquini Cavadão – clique aqui para ouvir), de repente me vi viajando (no sentido literal – seqvme – rsrsrs – de avião, de busão, de vã, etc) conhecendo alguns lugares do Brasil que eu sequer imaginava que teria vontade de conhecer (até porque não sou muito de sair de casa, de viajar, não sou chegado mesmo não)… e você pode conferir algumas das matérias dessa época clicando nos seguintes links: aqui (O Terço – o Espetáculo) e aqui (14 Bis no Minas Tenis Club) mas foram dias especiais, pro bem e pro bem… pro bem, porque, foi a primeira vez que fui a Minas Gerais, terra do 14 Bis, por sinal… gente, que lugar lindo, maravilhoso, que comida fantástica… E QUE HOTEL LUXUOSO eles me hospedaram!! *__* Só o quarto era o tamanho da minha casa, contando com o quintal e tudo… geladeira, frigobar, churrasqueira, garçonetes nuas, ops, brincadeira, nuas não, só de calcinha… ops, brincadeira de novo… na verdade estavam nuas mesmo… hehehe brincadeira, tinha garçonete não.. eram acompanhantes… brincadeira gente… nada disso, eu estou só brincando, pra deixar minha esposa boladona (não sei por que, nós homens fazemos isso: adoramos irritar nossas esposas. Parece que gostamos da retaliação de ficar sem sexo por algumas semanas heheheehe enfim..).. mas foi tudo muito luxuoso, tudo muito bacana… coisa de bacana mesmo… eu um caipira, tirando onda de bacana, mas coitado, sabia nem acender a luz, esquentar a água do chuveiro… me deram um cartão.. tipo um cartão de crédito.. eu simplesmente não usei.. tinha que inserir o cartão num compartimento, para liberar todas as funcionalidades que o lugar proporcionava, entre elas, uma básica: acender a luz do local. Sem inserir o tal cartão, não sei nem como liberou água do chuveiro.. rsrsr, mas mesmo assim, com toda essa burrice minha e ignorância (é, confesso.. hoje eu tiro onda de “entendido”… mas na ocasião, comportei-me como um legítimo Crocodilo Dundee), adorei minha estada no hotel… sem luz, sem tv, sem nada.. não porque não tivesse, mas porque, já disse, eu era um idiota que não sabia ligar as coisas, não sabia que tinha que inserir o cartão para ativar as funcionalidades locais e tampouco ia dar o braço a torcer e pedir informação para o cara lá da recepção.. eu não, fiz igual Moisés, preferi vagar por 40 anos no deserto, a parar e pedir informação.. mas enfim… e a outra parte boa, que eu ia dizer que foi ruim, mas não foi, foi que… em meio a todo aquele luxo, toda aquela coisa boa, aquele monte de coisas maravilhosas ao meu dispor (eu sou um caipira, mas eu adoro um luxo, uma vida  boa), eu não parava de pensar por um só minuto no que eu havia deixado pra trás, para estar ali: Mais especificamente, na minha esposa, que tive que deixar em casa, não pode me acompanhar na viagem… isso poderia ser considerado ruim, mas eu prefiro ver pelo lado bom: pude perceber ali (até porque, bem ou mal, era um começo de relacionamento) a falta que ela me fazia. Não importava o quão bem eu estivesse, quão bem acomodado, instalado, eu poderia estar com passe livre na Disney World, ou com moedas infinitas para gastar nos cassinos de Las Vegas, ali eu percebi, que sem ela ao meu lado, nada daquilo tinha valor, nada daquilo tinha sentido, tudo aquilo perdia a importância. Por mais humilde que fosse e é, nossa residência, ainda é o melhor lugar do mundo pra mim. Pois é lá que eu estou ao lado dela… e é ela que me completa, é ela que faz meu mundo colorido, é ela que faz qualquer coisa simples, qualquer almoço simples, tornar-se um banquete, ela é minha rainha que faz da minha casa um castelo! Sem ela, aquilo ali seria somente uma casa, pequena, estranha e vazia… Essa foi a parte ruim que hoje eu sei que foi boa, dessa viagem…

Talvez isso explique também um pouco a ausência minha em alguns shows, em algumas viagens que o 14 Bis faz.. também não só do 14, porque eu também trabalho com outros artistas, com outras pessoas, mas há que se entender que meus filhos nasceram, um do primeiro casamento e outro desse meu casamento de agora e com crianças em casa, fica um tanto mais difícil ainda ter aquele desprendimento de “nah, que seja.. vou-me embora com os caras, com a banda, beijin beijin tchau tchau, volto daqui há 3 dias”. Hoje, não consigo mais fazer isso. Até porque, daquela vez em Minas, apesar de estar num lugar maravilhoso, um hotel 5 estrelas, com tudo que tem direito, eu me senti muito mal, me senti muito sozinho, senti muita tristeza, muito vazio… não quero me sentir assim de novo.. e se não der pra eu ir com minha família, então hoje em dia eu não vou. Onde eu vou, minha família vai! É assim que eu pretendo fazer. É esse foco que eu pretendo continuar seguindo. Ficar longe deles é muita solidão.. e eu não aguento isso mais não. Eu já sofro de depressão, parece clichê, parece frase feita, eu tomo comprimidos, vários, várias pílulas diariamente, mas a Val e meus filhos são meus melhores remédios, meus melhores e mais eficientes antidepressivos.

Agora, chega de conversa, chega de historinha, vamos falar e ouvir música!

A música mais latente, lá era essa:

“Ah, Solidão, que nada.. você veio na hora errada, em que eu não te quero aqui…”

Mas, em relação a solidão, sei que existem muitas outras, mas nenhuma tão certeira quanto “A solidão” de Alceu.. essa é um tiro na alma!

“A solidão é fera, a solidão devora,
é amiga das horas, prima-irmã do tempo
e faz nossos relógios caminharem lentos,
causando um descompasso no meu coração….”

E, como não podia deixar de ser, naqueles dias:

“Eu te espero chegar vendo os bichos sozinho na noite
Distração de quem quer esquecer o seu próprio destino

Me sinto triste de noite
Atrás da luz que não acho
Sou viajante querendo chegar
Antes dos raios de sol”

Mas vou encerrar o post com uma homenagem especial a minha amada: “For your babies” Simply Red

Mas pra fechar mesmo, para quem quiser, clique aqui e ouça a música quase impossível de achar na internet: “Solibar” (a verdadeira expressão da dor da solidão, em forma de música… não dá pra explicar, vai depender da sua sensibilidade para captar o sentimento do artista, da obra, pra mim: fantástica!)

by Igor Otávio

Feliz aniversário “Primeira Dama” / You’ve got a Friend

1º de Outuburo de 2010: um dia mais que especial! Hoje é o dia que a minha querida esposa completa mais uma primavera. Sim, a primeira dama do Blog Música e Arte está aniversariando hoje. Logo eu que tenho tanta facilidade pra escrever, em momentos importantes ultimamente eu tenho travado. Dessa vez não tá sendo diferente: um dos posts ou textos mais difíceis que já escrevi em toda minha vida… tá difícil… mas vamos lá. Até porque falar dela nem é tão difícil… Difícil é lembrar que um dia já estivemos separados e “Um girassol da cor de seus cabelos” dos Irmãos Borges (Lô e Márcio) nunca fez tanto sentido e faz até hoje… “porque ela ainda quer morar comigo!”. Mas enfim, foi uma época tenebrosa, que é melhor não lembrar e disso tudo, ficou apenas a canção.

(dessa vez numa versão um tanto diferente: Ira! e Samuel Rosa!)

Por falar em Ira! e em Girassol…. hoje se “Eu sou girassol, a Val é meu sol!“… Vocês podem até achar exagerado esse post, pra falar da minha esposa e tal.. mas, o que vocês não sabem é que não fosse por ela NADA DISSO EXISTIRIA! Esse espaço aqui não existiria, não existiria blog do 14 Bis, não teria sido idealizado o Blog do Flávio Venturini nos moldes que é hoje, não teria Blog do Terço (que tá parado, mas tem muito registro legal e interessante lá), não teria o blog do Made In Brazil (que também tá parado, mas de algum modo preserva a memória da nossa arte) e não teria muitos outros blogs e sites de artistas de menor expressão, que existe hoje, pois  modéstia a parte, a internet teria menos cor, menos brilho, menos arte (eu sei o meu lugar, eu sei o que eu faço e fiz.. pode parecer petulante, e acho que é sim (já dizia Oswaldão). Mas é a verdade). Não fosse por ela, nada disso existiria… muito provavelmente nem eu estaria mais aqui nesse mundo convivendo, interagindo com vocês (algumas vezes seja isso bom ou ruim). Porque quando “ela me encontrou, eu tava por aí, num estado emocional tão ruim… me sentindo muito mal. Perdido, sozinho, errando de bar em bar, procurando não achar… ela demonstrou tanto prazer de estar em minha companhia, eu EXPERIMENTEI, UMA SENSAÇÃO QUE ATÉ ENTÃO NÃO CONHECIA, de se querer bem, de se querer quem se tem. Ela me faz tão bem, ela me faz tão bem.. que eu também quero fazer isso por ela…”

Foi ela que me levantou… foi ela que me tirou do buraco que eu estava… foi ela que me aceitou do jeito que eu era e com a sua simplicidade, seu jeito espontâneo e natural de ser e de falar o que vem a cabeça, me ajudou… me deu motivo e inspiração para continuar a viver… e mais importante que tudo: foi a maior, na verdade foi a única pessoa que acreditou e me apoiou, incentivou a fazer esses trabalhos cybernéticos que venho fazendo desde então de forma profissional… Ela que me disse: “Cara, você precisa explorar isso, escrever, jogar pra fora, compartilhar, você é bom…” bem… é.. sou bom.. mas bom tem um montão… ainda não cheguei onde eu espero chegar, não atingi nem 10% do que tenho pra fazer, pra mostrar, tirar da gaveta.. mas ela continua aqui ao meu lado, me incentivando, me ajudando e me consolando e sofrendo comigo quando as coisas vão mal, quando eu sou justa ou injustamente massacrado pela opinião pública ou por quem contrata meus trabalhos.. é ela… é ela.. é ela que sabe de todas as coisas e passa junto comigo por todas elas.

Já pensei em largar tudo, tantas vezes, tantas e tantas vezes que até perdi as contas… a palavra dela é sempre preponderante pra eu seguir em frente e ela sempre me incentiva a buscar, a prosseguir, por isso nada mais justo que a devida homenagem e reconhecimento a essa pessoa que vocês não vêem, mas está em cada letra, em cada frase, em cada post desse e de tantos outros canais de comunicação na internet (sejam pagos ou não – esse aqui por exemplo, é um canal totalmente independente e sem nenhuma fonte de renda… vem ganhando projeção e proporções enormes a cada dia, porém é tudo sem nenhum outro incentivo, além do reconhecimento de vocês que prestigiam e dela que não me deixa parar… portanto, não só eu, mas cada um de vocês, podem desejar a ela um feliz aniversário! Porque ela merece.

Pra quem não conhece, Primeira Dama, vulgo Valéria Ramos, é atriz, linda, inteligente, bela, loira, esposa, dona de casa, mãe, amiga, companheira, sincera, honesta, pessoa iluminada… E como toda pessoa, como toda estrela (e estrelas tem brilho próprio) ou você aprecia a brilho delas ou se incomoda, fecha os olhos, não quer olhar, porque não tem o mesmo brilho e nunca terá. Tenho pena de você não consegue reconhecer o valor que uma outra pessoa tem (muito provavelmente pela sua própria falta de talento e de luz própria).. e com isso é claro, nem todo mundo gosta, nem todo mundo consegue conviver, nem todo mundo suporta tanto brilho.. mas são coisas da vida. Uma coisa é fato: pessoas especiais são raras. Pessoas especiais não se encontram na esquina, do nada, não brotam tal qual capim. Pessoas assim, pessoas de bem, pessoas diferentes, são uma em um milhão… e eu sou um cara privilegiado por ter cruzado minha vida com a dela e conseguir traçar um caminho junto, uma vida juntos… até “ontem” éramos nós dois… hoje somos 3… minha parte, acaba aqui… sempre lembrando que Valéria, meu amor, Você tem um amigo! Nunca esqueça disso… Depois dessa canção, quem vai falar é o Eric. Um beijo enorme, de língua, molhado, sarrado, esfregado, apertado, feito um polvo e um feliz aniversário! São os mais sinceros votos desse  seu eterno companheiro, assim espero, e que os anjos digam amém. Até porque, é clichê, mas é verdade.. mas vou me valer do meu poder de escritor e editor  e vou inverter a ordem da questão: “Importante não é a primeira mulher, nem todas aquelas que passaram pela vida de um homem, mas sim aquela que chega e depois dela não tem razão nem motivo para existir nenhuma outra”. E você é essa, Val: Te amo!

“Quelida mamãe… sei que eu te sugo, sugo, sugo, literalmente falando e psicológica e fisicamente também, “mas mãe” eu sou só um bebezinho… tenho só tlês mesinhos mãe. Fique sabendo que esses tlês mesinhos foram os melhores meses da minha vida. Eu não sei falar, nem escrever ainda, mas meu pai me entende e tá tipo “psicografando” por mim. Eu só queria te dizer que eu me sinto muito feliz, porque eu tenho a melhor mãe que eu poderia ter no mundo. Nenhuma mãe se compara a você. Você é minha mãe, minha super mãe! Aí, já essa parte agoram, eu já não tinha muito como saber, mas meu pai me contou, por isso eu digo: fico muito feliz, porque mesmo sem nenhum planejamento, mesmo que tudo indicasse que não era a hora, em nenhum momento você hesitou, pensou em não me querer ou em viver uma vida sem mim. Você não sabia como eu ia ser, se eu ia ser branco, preto, Eric ou Samara, bonito, feio, gordo, magro, alto, lindo, esquisito, burro ou se ia ser a cara do meu pai.. Mas você me amou desde o primeiro instante em que descobriu que eu tava aí, dentro de você. Depois de então, foram muitos momentos de sofrimento, muita angústia, muitas palavras maldosas, maldições e pragas rogadas sobre mim, seu filho, que você carregava dentro de si.. .e nem por isso você se abalou e deixou de acreditar, de ter fé e de fazer o máximo possível, o melhor possível para que eu viesse ao mundo forte, saudável, inteligente e o mais legal de tudo: lindo igual meu pai! Hoje to aqui, te desejando parabéns, mas principalmente pra dizer que assim como você me amou, desde o primeiro dia que descobriu que eu tava aí na sua barriga, eu também TE AMO, muito antes de eu nascer. E eu sempre te amarei. E  pai, poxa, “You’ve Got a Friend” eu também dedico a minha mãe, sim. koé, seu véio ridículo? só tu? não não não… mãe, escuta a música de novo, agora pensando que sou eu falando pra você. Porque é isso, serei sempre seu amigo, você vai sempre contar comigo. Porque só eu sei o quanto de amor, atenção e carinho que eu recebo todo dia de você… cada dia que eu acordo é uma alegria imensa.. sabe por que? Porque eu acordo contigo! Mamãe, Eu te amo! E desculpa quando eu faço pirraça e fico com raiva, porque você me acorda pra tomar remédio ou quando eu fico de mal porque você me levou pra tomar vacina… é que eu sou só um bebezinho, às vezes não consigo controlar minhas emoções… assim como não estou conseguindo controlar agora, pra te dizer: FELIZ ANIVERSÁRIO! TE AMO MUITO, MUITÃO, maior que o universo, maior que o infinito!

De seu querido e amado filho, eterno companheiro e amigo:
Eric Ramos!”

by Igor Otávio

Lô Borges: O começo de tudo

Olá amigos!

Hoje, pela primeira vez vou ter a honra de falar de um cara, gênio, mito, ícone, ímpar da nossa arte. Um verdadeiro patrimônio nacional: LÔ BORGES!

É, ou melhor: seria, uma história muito longa, mas eu não vou contá-la em detalhes não. Vou tentar ser o mais sucinto possível para falar dessa particularidade minha (até porque, obviamente interessa a muito pouca gente – risos). Mas minha vida blogueira/internética/profissional, começou por causa dele. Tudo começou ali. Eu fico até um tanto emocionado de lembrar, mas o fato é esse. Não fosse aquele fantástico show do Lô, aqui no RJ, no Teatro Rival, o qual fui convidado por uma prima com entrada 0800 (ela teria conseguido colocar o “nome na lista”), mas que chegou na hora “deu ruim” ninguém entrou, ficou todo mundo lá fora com cara de paisagem, até que chega uma outra prima minha, irmã dessa primeira prima que tinha me convidado, essa irmã, digo, prima, chega com um camarada alto, estiloso, bonitão e tal, meio que pergunta: que vocês tão fazendo aqui fora? E a gente, sabe né? responde: “nhé…”, aí, beijinho pra lá, beijinho pra cá, “irmã como você tá linda”, “igor, fulano, fulano, igor” – sabe quando você é apresentado a alguém mas tá pouco se importando pro nome ou pra quem seja? pois é, era eu. Assim como a reciproca, certamente foi verdadeira também, aposto. ninguém estava se importando com quem era quem. – e então, tipo o cara deu lá uma carteirada, isso mesmo: CARTEIRADA, tipo, sei lá, “puliça”, “otoridade” ou semelhante… e botou todo mundo pra dentro. Eu pensei: “Poxa, maneiro!”, então, entramos todos, assistimos um espetáculo incrível, belíssimo show, Lô Borges é sensacional. O fato é que ali naquele dia, surgiu uma nova amizade e uma nova oportunidade, diga-se também, uma via de mão dupla, bom pra mim, bom pra quem me abriu as portas. Meu entusiasmo pela música e minha facilidade em colocar no papel as coisas que eu penso, vejo, observo ou absorvo, foi preponderante. Então, surgia ali naquele dia o Blog do 14 Bis (www.14bisblog.com)… o cara em questão, era apenas o Sérgio Magrão, Baixista e vocalista do 14 Bis (e empresário da banda nas horas vagas, além de também compor a lendária bandaem atividade, diga-se e com DVD/Blu-Ray em 3D, sendo lançado) de Sergio Hinds: O Terço, juntamente com Flávio Venturini).

Então é isso. Além do Lô Borges ser um marco na minha vida pessoal – pois posso tranquilamente dividir minha vida em aL/dL (antes de Lô/depois de Lô) – Lô Borges é Lô Borges né gente? Respeito com o cara! Respeito e toda  nossa reverência. Junto com Milton Nascimento, na proporção de 50/50, o responsável direto por um dos maiores movimentos musicais da nossa história: O Clube da Esquina. Levando não apenas o nome de Minas ao mais alto patamar já alcançado, como o nome do Brasil em si. Na verdade, o Brasil nunca esteve tão bem representado em sua cultura, como quando da época do Clube da Esquina e por toda essa rapaziada que veio depois. Enfim, Clube da Esquina que deveria dispensar qualquer comentário, mas por se tratar de Brasil, por essa juventude não ter memória e sequer saber de história, é que é preciso ficar batendo sempre na mesma tecla (desculpem-me por ser repetitivo) mas esse blog aqui é pra falar de arte, meu único compromisso é com a arte e a memória dela e Lô Borges é arte, é cultura, é história, é lenda viva!

Abaixo, você confere um maravilhoso material, um show/documentário contando em depoimentos e músicas um pouco da história desse mito chamado Lô Borges.

Impossível não se emocionar! O set list desse dvd tem muita coisa fantástica, é impossível desgrudar os olhos e os ouvidos… eu particularmente adoro “trem Azul”, “Equatorial”, “quem sabe isso quer dizer amor”, mas “Um girassol da cor dos seus cabelos” tem uma beleza e um significado todo especial pra mim…

É claro que num dvd assim, não dá, não tem como colocar tudo… mas que ficou faltando “trem de doido” aí, ah ficou! Trem de doido não podia ter ficado de fora…. mas, ainda assim tá sensacional.

Lô Borges: Vida longa e próspera, sempre! Muito obrigado pela sua arte, muito obrigado por existir. Desejo-lhe muita saúde, paz e tranquilidade sempre! Um grande abraço meu caro!

E por fim, um grande abraço a todos. Espero que tenham apreciado a leitura e que apreciem o show/documentário. Até mais!

by Igor Otávio

“Lígia” e “Lídia”

Ainda no clima de flashback de minha vida pessoal, ouvindo umas músicas por aí, lembrei de um episódio de consequências até os dias atuais…. Lídia…

Não posso ouvir a música Lígia de Tom e Chico, que lembro logo dela… sempre ela.. advinha? isso… é.. minha esposa Val.

Tudo porque, quando a conheci, eu era mesmo o típico cara retratado na música Lígia… ouve aí que eu explico:

Assim, pra reduzir, vou fragmentar pedaços da letra que diziam exatamente quem eu era…. e pra facilitar ainda mais a compreensão, vou apenas linkar aqui um pagodinho moderno, que os amigos dizem ser a nossa música… rsrsrs porque é/era quase isso mesmo:

“eu moro na baixada fluminense e ela da zona sul, sou negão e a patricinha é loira de olho azul.  Os playboy ficam de bob, recalcado que sou pobre. Quando eu vou no bairro dela é o maior zum zum zum”
Grupo Bom Gosto

Porém agora voltando a Lígia (como é que eu fui passar de Tom Jobim e Chico Buarque a um grupo de pagode véi? definitivamente eu to com problema.. mas enfim.. voltemos)… a questão era essa:

Eu nunca sonhei com você, Nunca fui ao cinema [de cinema eu sempre gostei]
Não gosto de samba [mais ou menos], não vou a Ipanema [isso era a mais pura verdade!]
Não gosto de chuva, nem gosto de sol [outro fato incontestável]

Eu nunca quis tê-la ao meu lado,  num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana, andar pela praia até o Leblon [sempre odiei essa coisa de praia, zona sul.. ela morava no Flamengo]

Você se aproxima de mim, com esses modos estranhos [ela sempre foi meio exótica, expontânea, natural, diferente de tudo que eu já tinha presenciado, vivido, experimentado] e eu digo que sim, Mas teus olhos castanhos
Me metem mais medo que um dia de sol

No final das contas é isso aí mesmo.. eu era/sou terrível, um brucutu, um tanto machista, mandão, conservador, extremante conservador e contraditariamente iconoclasta, rebelde, avesso a todo e qualquer tipo de autoritarismo, vá entender.. nem eu me entendo. Aí quando dei por mim, estava envolvido com uma menina, 10/11 anos mais jovem, muito jovem, linda, desejada por vários homens, com um talento incrível, mas apenas iniciando sua vida, sua história e rola aquela coisa estranha, aquela química, aquela paixão correspondida e  eu jogo pro alto todos os meus conceitos (o mesmo ela também faz com os delas) e até que finalmente nos envolvemos… mas quando eu olho pro cenário que estou e me dou conta… cara, ela é/era atriz (ela é atriz, é que eu to narrando a história no passado)… tava lá ensaiando e encenando a peça A mulher sem pecado de Nelson Rodrigues, bom, pra quem não conhece a história, meus pêsames, eu não vou explicar, pelo menos não hoje e… o personagem dela era a Lídia: a esposa do Olegário! A personagem principal, juntamente com o Olegário claro. E como eu falei, ela entrava tão bem no personagem, que enquanto ela estava no palco na pele de Lídia, ela deixava mesmo de ser Val e passava a ser Lídia. Eu nunca fui de ir a teatro, assistir peças e tal.. mas só naquela Companhia Teatral que ela fazia parte, passaram várias e várias “Lídias” e eu não vi uma que esboçasse 15% da vida que ela tinha dado àquela personagem. Foi um período realmente marcante.  A peça tinha tudo pra fazer sucesso no cenário carioca pelo menos, mas por divergências e egocentrismos acabou que meses e meses de trabalho foram jogados fora e a peça acabou que não foi apresentada ao público que aquela equipe merecia. Se restringiu a pequenas apresentações para pequenos públicos, quando tinha capacidade para muito mais mesmo.. enfim.. são as escolhas humanas e individuais de cada um… eu cheguei a registrar boa parte desse trabalho aqui nesse blog: http://ciajalencar.wordpress.com/ <<— clica aí pra ler ou aqui e mais uma evidência do que foi esse belíssimo trabalho é esse vídeo clipe que já postei aqui em outra oportunidade e que tem algumas cenas da peça com fundo musical de Oswaldo Montenegro, clique aqui para assistir.

Enfim.. acho que já bati minha cota de posts pessoais e romanticuzinhos, o pessoal já deve estar cansado de tanta história da vida pessoal de “ninguém” (até por que, quem sou eu, ou quem é Val? é.. desculpa aí pessoal, na próxima vez eu escreverei no meu querido diário ou colocarei um depoimento pra ela no orkut). já chega né? Até porque eu tenho um nome a zelar… eu preciso manter a minha fama de mau!

Ah e a ligação entre Lídia e Lígia, é que além da letra ter a ver comigo, eu continuo mau, continuo um cara brabo, sinistro, mas enfim.. é a sonoridade entre um nome e outro que é bem parecido.. só isso…

Então vamos parar com essa ‘bestage’, que repito, tenho que manter a minha fama de mau!

Um grande abraço pessoal! Obrigado por acompanharem nosso blog. Prometo matérias mais legais nos próximos posts! Aguardem, assinem pra receber, inscrevam-se, comentem, mandem-me um beijo, depositem dinheiro na minha conta e tenham uma boa vida, sempre!

Fama_Mau

by Igor Otávio
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