Arquivo da categoria: Cinema

Unbelievable (Inacreditável) – Netflix (EMF – Bonus Track)

A minissérie Unbelievable da Netflix, é uma das gratas surpresas da Plataforma de serviço de streaming. Confiram o trailler:

Uma obra baseada em fatos, que eu diria obrigatória, além de superatual com tudo que temos visto mundo a fora (especialmente Brasil a dentro) no que se refere às mulheres e a atual situação das mesmas, que anos após anos e anos de lutas e buscas por direitos iguais, por direito de terem suas vozes ouvidas, serem respeitadas, etc, podemos observar: ainda estamos bem longe disso.

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13 Reasons Why (sem spoiller) (pequenas considerações)

Recentemente assisti a série da Netflix  “13 Reasons Why”. É impossível assistir a série e ficar indiferente. Por isso resolvi fazer esse post. Mas, antes de tudo, assista o trailer:

A série é baseada num livro. No livro a história  toda se dá numa única noite. Na série a história se passa em 13 longos capítulos. Esse é o único ponto fraco da série. A série é muito longa pra pouco assunto. Acaba ficando enfadonha em determinados momentos. Isso quase acaba com a diversão. Eu tive a sensação que 13 episódios foram muito. Mas, se você conseguir superar isso… bem… vamos lá.

13 reasons why tapes

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Hair – Aquarius (Cena inicial do filme com música e coreografia)

Uma das cenas mais emblemáticas, de um dos musicais mais emblemáticos do cinema, da história do cinema, com uma coreografia incrível, onde o ponto alto, que me deixa babando é a coreografia com os cavalos, que é algo que até os dias de hoje, nunca mais repetiram, tiveram tal audácia e eficiência numa sacada: Genial!

Que Sera Sera / What will be, will be – Doris Day

Clássica canção que dispensa comentários e apresentações!

When I was just a little girl
I asked my mother what will I be
Will I be pretty will I be rich
Here’s what she said to me

Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future’s not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be

When I grew up and fell in love
I asked my sweetheart what lies ahead
Will we have rainbows day after day
Here’s what my sweetheart said

Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future’s not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be

Now I have children of my own
They ask their mother what will I be
Will I be handsome will I be rich
I tell them tenderly

Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future’s not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be
Que Sera Sera

Doris Day

Tristeza do jeca – Paula Fernandes, Renato Teixeira e Sergio Reis

Música tema e homônima de um grande filme, que acredito que todo mundo deveria retirar um dia na vida para assitir: Tristeza do Jeca, com Mazzaropi. De verdade, esse filme devia fazer parte da grade curricular da formação de… pessoas.

Você pode assistir o filme, por um meio alternativo clicando aqui.

Deus não está morto – Filme (Trailler e Crítica)

Vou tentar falar brevemente sobre o referido filme.

O ponto principal do filme é de fato refutar frase mais famosa por intermédio de Friedrich Nietzsche, que dizia: Deus Está Morto.

Na película observamos um debate entre um professor ateu arrogante, que acredita em uma verdade absoluta, a de que deus está morto, deus não existe e um calouro cristão cheio de fé e esperança, muita ingênuidade e um sentimento – muito comum aos cristãos – de serem os advogados de deus aqui na Terra. Como se um ser todo poderoso, onipresente, onisciente e oniscaraliente, precisasse de algum defensor, de alguma defesa, de algum humano para fazer o trabalho que ele próprio faria em um estalar de dedos, simples e objetivamente, sem maiores constestações. Mas enfim, esse é o cenário, desconsiderando-se a desnecessidade desses advogados e tal, para um improvável deus tão sinistro. Mas vamos ao que interessa.

O que observamos no filme ao final dele, o que nem é spoiller, é não a refutação de que deus está morto. Mas sim, o máximo que o calouro consegue é provar que o professor ateu está errado. Ninguém prova nada no filme e nem haveria como provar. Única coisa certa é que o tal professor tem pensamentos e argumentos muito frágeis e fracos em relação a uma possível existência divina. O professor em questão é o pior tipo de ateu que eu tenho conhecimento, é daqueles que envergonham os que de fato são ateus de verdade. Primeiro porque, ele não é ateu, no sentido cético da palavra, ele tem fé no ateísmo. Ele é um ateu crente. Ele crê piamente que deus não existe. Mesmo que deus aparecesse pra ele – tal como na bíblia teoricamente aconteceu com Saulo (antes de virar Paulo) – ainda assim ele não acreditaria. Porque ele tem fé na não-existência de deus. Assim como não adianta tentar argumentar com quem tem fé que deus não é lá muito provável e portanto provavelmente não existe – mas não temos como provar – a mesma coisa é com esse professor ateu. Ele não passa de um grande idiota.

A pergunta crucial que faz com que o filme tenha um desfeixo favorável aos teístas e é onde é jogada a pá de cal e vemos claramente que nosso professor ateu não passa de um imbecil, é das mais simples e mais facilmente refutáveis possíveis. O calouro pergunta:

Qual é seu problema com deus?

meu problema é que aos 12 anos vi minha mãe, uma cristã fervorosa e que sempre seguiu os caminhos do tal deus, morrer de câncer sem que deus fizesse nada para salvar a vida dela…

Não lembro ao certo mas parece que o calouro faz uma cara de quem pensa “isso tudo pra você me dizer isso agora?” e pergunta:

Mas qual seu problema com deus, por que tudo isso contra ele?

No que o professor responde:

Porque eu o odeio.

Aí o cara faz a pergunta mais simples do mundo e mais óbvia e dá o xeque-mate:

Mas como odiar algo que não existe?

Pra mim também acabou aí. “Sem mais perguntas meritíssimo. A testemunha está liberada”.

O fato é que o cara está certo. Não quanto a existência de deus. Mas quanto a motivação do ateísmo militante do professor.

Já falei em diversas oportunidades, deus é tal qual coelhinho da páscoa, papai noel, mulher do banheiro, espírito ruim da boneca Annabelle, saci pererê, mula sem cabeça, etc…. É óbvio que a maioria de nós também não acreditamos nessas coisas, mas algum de nós por acaso tem raiva de alguma dessas coisas? Como pode-se ter raiva de algo que não se crê na existência? O máximo que fazemos é dar risadas. É insano odiar. As razões que levam ao ateísmo e mesmo ao teísmo são diversas, mas essa de ódio ou porque alguma desgraça aconteceu, essa é a pior de todas, essa não cola, não se sustenta.

Portanto, Deus não está morto, é apenas um filme de um aluno que refuta as convicções de um professor e não a de que deus de fato não exista. Pois provar tanto uma coisa como outra é segundo as tecnologias e os avanços científicos atuais é algo impossível. Eu tenho minhas razões para não crer, você provavelmente tem as suas para crer e todos nós vivemos em harmonia, respeito e humildade, sabendo que independente de crença religiosa ou não, isso não faz de ninguém melhor que ninguém.

Portanto, não tenho mais nada a declarar!

by Igor Cartman Otávio Broflovski

Luzes da Ribalta (Limelight) – Charlie Chaplin (Filme completo)

Filme: A Entrevista – Por Tadeu Castro

FILME: A ENTREVISTA [EUA]
DIRETOR: EVAN GOLDBERG/SETH ROGEN
LANÇAMENTO: DEZEMBRO/2014

A entrevista1A ENTREVISTA: QUE A POLÊMICA DE LUGAR A REFLEXÃO

Nessa produção do cinema americano que virou pivô de um incidente diplomático que vem acirrando ainda mais o mal-estar que já existe nas relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, culminando inclusive no adiamento do lançamento do filme por alguns dias, por iniciativa da produtora e de seus distribuidores, temendo as ameaças recebidas (supostamente vindas de Norte Coreanos) quanto a possíveis atentados que ocorreriam nas salas de projeção, o roteiro se constrói basicamente na trama em que dois jornalistas Norte Americanos planejam assassinar o presidente Kim Jong Un durante a viagem que fazem para uma entrevista com o líder maior daquele país.

O filme em si é tecnicamente muito bem realizado, fotografia e som que servem bem ao tipo de trabalho a que se propõem seus produtores, além de um ritmo dinâmico que não o faz cansativo em nenhum momento das quase duas horas de duração, destacando-se individualmente a bela atuação de Randall Park na pele do presidente Kim Jung Un. O humor da comédia, que em alguns momentos exagera no escracho escatológico e sexual (muito provavelmente aí o maior pecado do filme), passa também por momentos interessantes de uma crítica ácida que atinge não só o regime ditatorial que rege a Coreia do Norte, como também o sensacionalismo usado por boa parte do jornalismo Norte Americano na busca desesperada por audiência, equilibrando a direção do foco para as mazelas de ambos os lados (muito provavelmente aí o maior acerto do filme).

A entrevista2

No que diz respeito a toda polêmica que se desenrola desde o anuncio do lançamento do filme, acho que é preciso dar um passo atrás para não cairmos no lugar comum, empobrecendo o discurso e limitando-nos a defesa da liberdade de expressão contra o “terrível ditador” Norte Coreano. Fico imaginando se um país como o Irã por exemplo (ou qualquer outra nação que não mantenha relações muito amistosas com o ocidente), lançasse um filme em que fosse encenada a intensão de assassinar o presidente Norte Americano, qual seria então a posição daqueles que hoje criticam tanto o desagrado explicito do governo Norte Coreano para com os produtores de “A Entrevista”. Não se trata aqui de defender um regime ditatorial, que de fato é exercido Kim Jung Un, mas acho interessante que tentemos entender a posição de todos os lados envolvidos.

Trata-se de um país fechado politica e culturalmente, sobre o qual portanto, sabemos pouco de como funcionam suas questões internas, então é interessante imaginar que provavelmente muitas das informações  nos chegam sobre aquela nação, dando conta de um lugar extremamente atrasado e opressor, podem ser um tanto distorcidas. Recentemente me deparei com um vídeo rápido, de aproximadamente três minutos, o qual compartilho agora com vocês, que consegue nos mostrar em um plano geral a cidade de Pyongyang, capital Norte Coreana e o que podemos observar nele, ao contrario do que muitos imaginam, é um lugar limpo, organizado e seguro,  que está longe de ser a cidade mais avançada do planeta, mas também esta longe, muito longe mesmo, de ser o pior lugar do mundo para se viver.

 

VÍDEO QUE MOSTRA PYONGYANG:

Creio, mesmo sem muita esperança de que isso verdadeiramente ocorra, que esse filme, mais do que toda a polêmica que ainda deve gerar, deveria nos despertar para uma reflexão de que o mundo real não é feito de heróis e vilões, que as diferenças culturais devem nos levar para um debate mais rico e não simplesmente para um distanciamento entre as pessoas ou mesmo entre as nações. Repito que, não se trata aqui de defender um regime ditatorial (abomino a repressão armada), muito menos de lançar uma visão tola e romântica de um mundo de paz e amor (já vimos que nenhuma das duas vertentes logra êxito em longo prazo), mas de ampliarmos as possibilidades na direção de algo que represente verdadeiramente a evolução da raça humana sobre a terra.

[NOTA DO FILME: 7.2]

TRAILER DO FILME


Por Tadeu Castro

Filme: Não Pare na Pista – por Tadeu Castro

FILME: NÃO PARE NA PISTA (BRASIL)

DIRETOR: DANIEL AUGUSTO

LANÇAMENTO: AGOSTO/2014

Paulo coelho - não pare na pista 1

PAULO COELHO, UM ESCRITOR

Paulo Coelho é o único autor vivo a ser mais traduzido do que William Shakespeare. São 30 livros publicados e um alcance estimado de 165 milhões de leitores em todo o mundo. Sendo assim, mesmo que a crítica especializada ainda torça o nariz para a literatura que ele produz, estamos falando aqui de uma figura que já marcou o nome na história de sua época e que certamente seria tratado, em muitos países, como um ícone de orgulho da terra onde nasceu, o que ao que parece no Brasil, muito provavelmente só ocorrera depois da sua morte.

Paulo coelho - não pare na pista 02“Não Pare Na Pista” é uma cinebiografia que mostra a história de vida de Paulo Coelho dividida em três momentos, a juventude nos anos 60, a vida adulta nos anos 80 e a maturidade atual mostrada em acontecimentos de sua vida já em 2013. Destaca-se na sua trajetória a parceria como letrista que teve com Raul Seixas, o que, aliás, enriquece bastante a trilha sonora, com músicas como “Gita”, “Meu Amigo Pedro” e “Não Pare Na Pista” (que dá nome ao filme), a prisão e tortura que sofreu durante o regime militar, a relação de mais de 30 anos que dura até os dias de hoje com sua mulher Christina Oiticica e a constante busca do escritor em se aprofundar no autoconhecimento, seja através de experiências sociais, espirituais e também na maneira como se entrega a sua produção literária.

Paulo coelho - não pare na pista  03O filme talvez não consiga alcançar de forma plena a complexidade da figura retratada, o que aliás não seria mesmo uma tarefa fácil para qualquer pessoa que se aventura-se a tal feito, mas conta com boas atuações de Ravel Andrade, que faz Paulo ainda jovem e Júlio Andrade (os dois atores são irmãos na vida real) que interpreta o escritor já na vida adulta. A infelicidade maior do diretor foi usar o próprio Júlio para representar momentos mais recentes do biografado, fazendo uso de uma mascara grotesca de maquiagem, o que claramente limitava bastante o ator nas reações faciais, ficando aí o tropeço maior do filme, já que ao meu ver, a produção deveria ter simplesmente convidado o próprio Paulo coelho para retratar seus passos atuais.

Paulo coelho - não pare na pista 04O que mais comove na historia de vida do autor de “Diário De Um Mago” é sua imensa obstinação em se tornar um escritor, mesmo ouvindo ainda jovem do próprio pai que: “ninguém vive de ser escritor” ou de um editor respeitado da época, que ao ler um dos primeiros materiais do escritor diz: “Você acha mesmo que alguém, algum dia, vai querer ler essas coisas que você escreve?”, no momento em que tinha nas mãos os originais de uma obra, que alguns anos depois venderia milhões de cópias, tornado Paulo Coelho um fenômeno literário que arrasta uma multidão de fãs por todos os cantos do mundo por onde passa e mesmo que o filme não tenha chegado onde queria, o biografado, esse sim, chegou muito mais longe do que poderiam imaginar aqueles que questionavam o seu talento.

[NOTA 6.9]

Trailler do Filme:

by Tadeu Castro

Filme: Ninfomaníaca I – texto de Tadeu Castro

FILME: NINFOMANÍACA-VOLUME I (DINAMARCA)
DIRETOR: LARS VON TRIER
LANÇAMENTO: JANEIRO/2014

Ninfomaníaca

NINFOMANÍACA: A CULPA QUE VIRA DOENÇA

“Ninfomaníaca – Esqueça o Amor”, mostrava o cartaz na entrada do cinema. Para aqueles que esperam do filme apenas as cenas de sexo mais impactantes, aviso que encontrarão algo que vai muito além disso, e é bom que seja dessa forma. O filme não tem nada de exagerado ou grosseiramente pornográfico como se viu em comentários nas redes sociais quando do seu lançamento, ao contrario disso, trata-se de um trabalho bem construído, com uma fotografia forte que desde a primeira cena já chama atenção, oscilando de uma forma dura mas coerente com aquilo que pretende mostrar. A abordagem remete os mais atentos a reflexões sobre a culpa e todos os tabus que norteiam, ainda hoje, nossa maneira de lidar com o ato sexual.

Através de paralelos com conceitos que vão de escalas numéricas e musicais, manifestações artísticas e sociais, se questiona o tom sagrado e a busca desesperada a qual costumamos protagonizar durante a vida rumo ao amor romântico/afetivo (será mesmo isso assim tão fundamental para nossa existência? fica na tela a pergunta), fazendo naufragar a chance de lidarmos de uma forma mais natural e tranquila com a nossa sexualidade.

Boas atuações e o som pesado que por vezes nos faz mergulhar no drama da protagonista, costuram o todo em um resultado bastante interessante, numa conclusão de corte abrupto, mensagem clara de “esperamos vocês no cinema para o volume II”,  dessa obra que, mais do que qualquer outra coisa, aponta o dedo na nossa direção e nos faz pensar em algumas de nossas questões que ainda se mostram longe de estarem bem resolvidas.
[NOTA 8.2]
Na próxima semana comento minha experiência com o VOLUME II…

[Cinema] Hoje eu quero voltar sozinho – por Tadeu Castro

FILME: HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO [BRASIL]

DIRETOR: DANIEL RIBEIRO

LANÇAMENTO: 2014

Hoje eu não quero voltar sozinho

UM FILME DOCE, SUTIL E DIDÁTICO

O diretor e roteirista Daniel Ribeiro lançou em 2010 o curta-metragem “EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO” e com um retorno muito positivo de crítica e público vieram a ideia e os recursos para transformar aquele roteiro em um longa-metragem, que lançado em abril desse ano, com o nome “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO” deu ao mesmo, merecidamente, um reconhecimento ainda maior, sendo inclusive escolhido para representar o Brasil na busca de uma vaga entre os finalistas na disputa de melhor filme estrangeiro na próxima edição do Oscar.

A história mostra as descobertas e o mergulho na vida que representa o período entre a adolescência e o inicio da juventude de Leonardo, que cego de nascença, lida com a superproteção da família, com os primeiros contatos com os laços mais fortes de afetividade, como também com o lado divertido e o lado cruel que são inerentes ao convívio com os demais colegas de colégio. Tecnicamente o filme mostra fotografia e som bem realizados, uma linda trilha sonora, além de bons atores, em especial no caso do protagonista, interpretado por Guilherme Lobo. Alguns escorregões na luz (sobre tudo nas cenas noturnas) e na montagem, que com alguns cortes abruptos acaba por prejudicar um pouco o desenvolvimento do ritmo de um belo roteiro, questões que, no entanto, passam batidas quando consideramos o ótimo resultado que vemos no todo desse grande trabalho.

Reduzir o filme a questão da homossexualidade (que, diga-se de passagem, é abordada de uma forma extremamente elegante), como fizeram algumas críticas quando do lançamento, é sem dúvida apequenar-se na análise de um roteiro que é antes de tudo uma bela historia de amores e amizades. O filme trata sim, de mostrar o tamanho da dificuldade de um individuo em crescer e se inserir no grupo que o cerca, apenas por não se encaixar naquilo que costumamos chamar de “normal” dentro da nossa sociedade, algo a meu ver didaticamente bem apropriado aos nossos tempos, em que vemos os mais intolerantes colocando as garras de fora de maneira cada vez mais feroz e destrutiva.

Mas o filme vai muito além disso tudo e com um bom gosto refinado nos lança para aquilo que eu chamaria de uma saudade saudável de algo que já vivemos ou que ansiamos por viver envoltos nas  doces e conflituosas descobertas daquilo representa nos entregarmos ao amor romântico ou ao amor presente nas amizades mais fortes, e isso tudo visto por um a ângulo divertido e emocionante,  retratado aqui no período da adolescência, mas que certamente podemos experimentar em outros momentos da vida. A ternura sutil com a qual o filme toca em todas essas delicadas e controversas questões é de uma felicidade, que nos faz sair da sessão com uma sensação de que podemos sim levar adiante nossa existência com muito mais doçura, leveza, liberdade, tolerância e grandeza de espirito. Bravíssimo!

[NOTA 9.6]

Trailler do filme:

Entrevista dos atores do filme:

Nota do Editor: Para assistir o filme online grátis, clique aqui!

by Tadeu Castro

When I Look At You – Miley Cyrus

Nota do Editor: Autor convidado do dia: Everton Teixeira! – meu amigo!

Miley Cyrus and Liam HemsworthLembram da Miley Cyrus que fez um grande sucesso interpretando a Hanna Montana? Então, ela protagonizou um filme chamado “A última Música” em que vai passar as férias na casa de seu pai junco do irmão. No decorrer da trama, ela conhece um rapaz por quem se apaixona, vivem vários momentos e tal! Porém descobre que seu pai está com câncer terminal e se dedica a terminar uma musica que ele não está tendo facilidade de concluir. Entre outras que não vou contar pois vale a pena assistir este filme. Mas o que eu quero destacar nesse post, é o talento que essa menina tem como CANTORA e ARTISTA, dona de uma voz singular, compositora talentosa que sabe por sentimento quando canta e toca (ISSO ANTES DE SE TORNAR A ATUAL MILEY CIRUS)… Como pode um artista desperdiçar seu talento para estar em evidência na mídia? Deixo aqui este videoclipe do filme, linda canção, linda letra, linda melodia. Uma pena ela ter mudado!

by Everton Teixeira

 

Top 10: Filmes (by Tadeu Castro)

OS DEZ FILMES QUE EU LEVARIA PARA UMA ILHA DESERTA…

(ORDEM CRONOLÓGICA)

 

Trainspotting – Sem Limites (1996/Reino Unido)

[Direção: Danny Boyle]

Eu tinha apenas vinte anos e ao sair da sala de cinema após a sessão de “Trainspotting” senti claramente que algo dentro de mim não era mais o mesmo. O filme é um soco no estomago da alma!

 

Poderosa Afrodite (1996/EUA)

[Direção: Woody Allen]

Mesmo longe de ser o filme mais badalado do diretor, “Poderosa Afrodite” é o Woody Allen que mais me tocou.

 

Carne Tremula (1997/Espanha)

[Direção: Pedro Almodóvar]

O nosso primeiro Almodóvar a gente nunca esquece.

 

Redentor (2004/Brasil)

[Direção: Claudio Torres)

O filme se divide numa primeira metade, que explica com extrema perfeição como funciona o jogo de poder no Brasil e uma segunda metade que é uma viagem muito louca a ser conferida.

 

Estomago (2007/Brasil)

[Direção: Marcos Jorge]

Mostra o homem que vive e morre pela boca (e pela cama). Atuações fantásticas de João Miguel, Fabíola Nascimento, Carlo Briani e Paulo Miklos (É! Aquele mesmo dos Titãs)

 

Tropa de Elite 2 (2010/Brasil)

[Direção: José Padilha]

Ao contrário da opinião da grande maioria, acho o segundo Tropa de Elite um filme mais robusto e mais amplo do que o primeiro.

 

Um Conto Chinês (2011/Argentina)

[Direção: Sebastian Borensztein]

Meu delicioso primeiro contato com o cinema Argentino. É um jeito próprio de se fazer cinema.

 

Febre do Rato (2012/Brasil)

[Direção: Claudio Assis]

Recomendo a todos que gostam do lado mais cru (e poético) da vida. Esse filme é Claudio Assis na veia!

 

O Som ao Redor (2013/Brasil)

[Direção: Kleber Mendonça Filho]

Daqui a uns vinte anos, quando um professor quiser mostrar aos seus alunos o que foi a sociedade brasileira na década dos anos 2000, bastara exibir o genial “O som ao redor”.

 

A grande Beleza (2013/Itália)

[Direção: Paolo Sorrentino]

A mistura da arte com a vida de uma forma que poucas vezes alguém conseguiu colocar numa tela de cinema! (Não é a toa que críticos especializados -o que não é o meu caso- apontam Paolo Sorrentino como o novo Fellini)

Texto de Tadeu Castro

Getúlio: Um sinal de amadurecimento da Globo Filmes – by Tadeu Castro

Getúlio FilmesFilme: GETÚLIO [BRASIL]

Diretor: JOÃO JARDIM

Lançamento: 2014

Interessante a ideia de retratar o lado humano de Getúlio Vargas num momento histórico para o país como foram os dias que antecederam o seu fim, mesmo que isso cause controvérsias sobre a versão que é colocada pelo filme no que diz respeito a sua personalidade, afinal, teria sido ele tão frágil e até certo ponto passivo em algumas de suas atitudes como mostra o filme?

Isso no entanto, não tira o mérito que se mostra no resultado final, som de qualidade e uma fotografia muito bem acabada, mesmo que atravessada por uma movimentação de câmeras acelerada e nervosa, que ao tentar dar mais impacto as cenas, acaba passando do ponto em alguns momentos.

Boas atuações de Tony Ramos, Drica Moraes e Alexandre Borges, assim como de todo o elenco de um modo geral, num trabalho que pode, quem sabe, representar um sinal de amadurecimento da Globo Filmes, apontando para um lado menos mercadológico e tratando o cinema mais como arte, que é como ele deve ser feito, mas isso por enquanto é apenas uma esperança otimista.

Nota do Editor: Esperança otimista ao extremo, eu diria! Eu não ficaria tão esperançoso não.

[NOTA 7.2]

Text by Tadeu Castro

 

Nota do Editor: Você pode conferir mais posts de Tadeu Castro, clicando aqui!